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Delphinium staphisagria

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaDelphinium staphisagria

Classificação científica
Reino: Plantae
Clado: angiospérmicas
Clado: eudicotiledóneas
Ordem: Ranunculales
Família: Ranunculaceae
Género: Delphinium
Espécie: D. staphisagria
Nome binomial
Delphinium staphisagria
L.

Delphinium staphisagria, conhecida popularmente por estafiságria, erva-piolha ou delfim, é uma espécie de planta com flor pertencente à família Ranunculaceae.

A autoridade científica da espécie é L., tendo sido publicada em Species Plantarum 1: 531. 1753.

Habitat

Espécie própria da região do Mediterrâneo. Na península Ibérica cresce no sul de Portugal e na Espanha em diferentes zonas de Múrcia, Ilhas Baleares e Andaluzia. Cresce em lugares sombrosos e frescos.

Descrição

É uma planta herbácea anual com caule ereto. As folhas são grandes e palmeadas com 5-9 lóbulos profundos. Floresce no verão, sendo características as suas flores azuis que aparecem agrupadas em cachos terminais flácidos. A corola tem cinco pétalas de cor branca com tons azulados. Os frutos são cápsulas que contêm sementes. Nas suas sementes encontram-se uns alcaloides, dos quais destaca-se delfinina, de sabor amargo que leva à morte por asfixia.

Propriedades

  • Antigamente era usada para combater piolhos. Também como antinevrálgico.
  • Utilizada para tingir lã.
  • O seu consumo não é aconselhável por ser venenoso.
  • Aplicação externa contra piolhos e sarna.

A erva-piolha é uma planta toda venenosa, especialmente as sementes. A sua composição é de 30 a 35% de óleo essencial e 1,3 de alcaloides. O mais importante é a delfinina (ações muito semelhantes à aconitina: cristaliza com facilidade, cristais insolúveis na água com sabor amargo) ainda que tenha muitos mais como a delfisina, delfinoidina, estafisagroina, entre outros. A delfinina, tal como a aconitina, atua sobre o sistema nervoso central, primeiro estimulante para paralisar progressivamente, sobretudo os centros respiratórios, pelo que causa a morte por asfixia. Em pequenas doses via cutânea causa irritação e inflamação.

Atualmente, é possível encontrar medicamentos que usam a erva-piolha mas apenas por via externa, para combater a pediculose, a sarna ou as picadas de inseto. Pequenas doses de alcaloide podem ser utilizadas como antinevrálgico, para atenuar palpitações, dor de dentes, asma, nevralgias faciais, entre outros.

Sabe-se que os gregos e os romanos a usavam para provocar o vómito. Mais tarde, popularizou-se o seu uso como vermicida, tanto o pó da semente misturado com o pó talco disperso por onde habitavam os parasitas, como mistura deste mesmo pó de semente com óleo ou manteiga e aplicado-se diretamente no cabelo para matar piolhos.[1][2]

Outros usos: como planta ornamental e, também, em alguns países para intoxicar peixes na pesca.[3][4]

Portugal

Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente em Portugal continental.

Proteção

Não se encontra protegida pela legislação portuguesa ou pela da União Europeia.

Referências
  1. Giovanni Negri, Erbario Figurato, Milano, Ulrico Hoepli Editore Milano, 1979, pag. 459. ISBN 88-203-0279-9.
  2. Giuseppe Lodi, Piante Officinali Italiane, Bologna, Edizioni Agricole Bologna, 1957, pag. 791.
  3. Elisabeth Mandl: Arzneipflanzen in der Homöopathie, Maudrich, 1997, ISBN 3-85175-687-8
  4. Andrew Lockie: Das große Lexikon der Homöopathie, Dorling Kindersley Verlag, 2000, ISBN 3-8310-0005-0

Ligações externas

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