Aquilífero
O aquilífero' (em latim: 'aquilifer)[1] era o soldado que, nas legiões romanas , levava o estandarte ou a Águia (aquila) da legião, uma estatueta dourada ou prateada que representava uma águia. Era uma posição de enorme prestígio. A perda da águia considerava-se uma grande desonra e, se caia, todos os legionários morriam para evitar que caísse em mãos inimigas. Ainda que desconhece-se a que grau ascendiam os aquilíferos, geralmente acha-se que ascendiam até centuriões, ainda que normalmente tivessem um grau entre este e o de optio. Durante a época do Principado, os aquilíferos tinham um salário duas vezes mais alto que o dos soldados rasos.
O nome aquilífero deriva de aquila, que em latim significa águia, animal que se converteu em símbolo oficial das legiões romanas a partir do ano 104 a.C.. Antes que a águia se instaurasse como símbolo oficial, os emblemas mais usados nas diversas legiões eram o lobo, o porco, o javali, o touro e o cavalo. O emblema da águia era formado por um exemplar deste animal cortado em metal, as asas rodeavam uma coroa de louros e ia montado numa peça estreita de base trapezoidal, situada em cima de um pau bem longo que permitia que fosse vista por toda a gente.
A diferença de outros porta estandartes romanos como o signífero, o aquilífero não vestia nenhum complemento de pele de animal. As suas armas eram formadas por um pequeno escudo chamado parma que se podia prender no braço em caso de estar a usar a arma ou trazendo-o à cintura.[2]
- ↑ «Aquilífero». Michaelis
- ↑ Fields, Nic. The Roman army : the civil wars, 88-31 BC. Oxford: Osprey. p. 35. ISBN 9781846032622
Bibliografia
- "Pay and Superannuation in the Roman Army,". P.A. Brunt; Papers of the British School at Rome, Vol. 18, (1950), pp. 50–71.
- "The Advancement of Officers in the Roman Army,". George H. Allen; Supplementary Papers of the American School of Classical Studies in Rome, Vol. 2, (1908), pp. 1–25.
- Caesar: Selections from His Comentarii De Bello Gallico Mueller. Júlio César. Hans-Friedrich Mueller. Ed. Donald E. Sprague e Bridget S. Dean. Mundelein, Illinois: Bolchazy-Carducci Publishers (2013).
- Commentarii de bello Gallico, Júlio César. Ed. T. Rice Holmes. Oxford: Clarendon Press, (1914).
- The Gallic Wars, Julius Caesar, trans. W. A. McDevitte e W. S. Bohn. Internet Classics Archive por Daniel C. Stevenson, Web Atomics (1994–2000.
- Directing Study: Educating for Mastery Through Creative Thinking. Harry Lloyd Miller. New York: Charles Scribner's Sons (1922).
- “Caesar's Books, the Gallic Wars”. N. S. Gill. ThoughtCo.com (2018).