[go: up one dir, main page]

Saltar para o conteúdo

O Globinho

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A versão imprimível já não suportada e pode apresentar defeitos de composição gráfica. Atualize os favoritos do seu navegador e use a função de impressão padrão do navegador.

O Globinho foi um suplemento infantil do jornal O Globo, publicado de 1972 a 2013. A primeira versão de O Globinho foi lançada em 17 de novembro de 1938, travasse de uma sessão publicada na edição vespertina de sexta-feira trazendo quadrinhos e reportagens sobre personalidades históricas e outros assuntos destinados às crianças. Em 1972, foi lançado o suplemento O Globinho Supercolorido, publicado aos domingos com oito páginas coloridas e quadrinhos, passatempos, cartas dos leitores, reportagens e dicas culturais.[1]

Histórico

Em 1934, o jornalista Adolfo Aizen lança o Suplemento Juvenil, com histórias de personagens dos quadrinhos americanos cujos direitos autorais pertenciam a King Features Syndicate.[2] Era suplemento, porque acompanhava um jornal (no caso, o jornal A Nação), da forma como faziam os jornais de Nova Iorque com os suplementos de quadrinhos dominicais, com grande êxito.[3] Com as ótimas vendas, o suplemento passou a circular pela editora Grande Consórcio de Suplementos Nacionais, fundada por Aizen.[3] Roberto Marinho, dono do jornal O Globo havia recusado a ideia de Aizen, mas quando viu o sucesso da concorrência, resolveu lançar também um suplemento infantil, que chamou de O Globo Juvenil em 12 de junho de 1937.[4]

Em 17 de novembro de 1938, é lançada nas páginas do jornal O Globo, a sessão O Globinho com duas páginas, entre os quadrinhos publicados estavam “As grandes vidas” de Premiani e “O galeão perdido” de Hélio Queiroz.[5] Em 1939, O Globo lança O Gibi para concorrer com a revista Mírim de Adolfo Aizen; no ano seguinte, Aizen publica O Lobinho (para evitar que Marinho tivesse uma revista chamada O Globinho) no jornal A Noite (jornal que fora fundado por Irineu Marinho, pai de Roberto Marinho); na revista foi usado o formato standard.[6] Ainda em 1940, O Globinho passou a ter apenas uma página, sendo descontinuado no mesmo ano.[7]


Em 1972, foi lançado O Globinho Supercolorido, um suplemento no formato tabloide, quando passou a vir encartado em outros cadernos, com eventuais revivais do formato original.[8] Nas páginas do suplemento foram publicadas uma tira do Incrível Hulk, e quadrinhos franco-belgas da revista francesa Pilote: Asterix de René Goscinny e Albert Uderzo, Lucky Luke de Uderzo e Morris[7] e Valérian de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières.[9]

Em 1986, o jornal fez um concurso de tiras diárias para publicar no suplemento Segundo Caderno, a vencedora foi Urbano, O Aposentado, criada por Antonio Silvério em 1982,[10] no ano seguinte, um novo concurso foi realizado e a tira vencedora foi Leão Negro, escrita por Cynthia Carvalho e ilustrada por Ofeliano de Almeida,[11] a tira foi publicada durante dois anos jornal, em meio a censura e críticas por parte dos leitores do jornal. Urbano, o aposentado é a única tira publicada initerruptamente no suplemento desde 1986.[12]

A última edição de O Globinho foi publicada em 6 de julho de 2013, passando a existir apenas como um blog dentro do portal do jornal O Globo. Porém, este novo espaço online foi atualizado apenas até 21 de julho de 2015.[13]

O Globinho ganhou o Troféu HQ Mix de melhor suplemento infantil em 1989 e 1990 (os dois únicos anos em que essa categoria foi galardeada).[14]

Ver também

Referências
  1. «Criança e jornalismo: um estudo sobre as relações entre crianças e mídia impressa especializada infantil (dissertação de Mestrado)» (PDF). PUC-Rio. Março de 2007 
  2. Toni Rodrigues (19 de dezembro de 2008). «Flash Gordon no Planeta Mongo (Ebal)». Universo HQ 
  3. a b Gonçalo Junior (2004). Editora Companhia das Letras, ed. A Guerra dos Gibis - a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-1964. [S.l.: s.n.] ISBN 9788535905823 
  4. Globo, Acervo-Jornal O. «Nos anos 30, 'O GLOBO Juvenil' traz o mundo dos quadrinhos para as bancas». Acervo. Consultado em 15 de dezembro de 2022 
  5. Carneiro Mourilhe Silva, Fabio Luiz (janeiro de 2010). «Origens e implicações dos quadros e configurações das páginas dominicais e tiras em quadrinhos a partir do final do século XIX» (PDF). Intercom. Revista Brasileira de Ciências da Comunicação. 33 (1): 189-219 
  6. Gonçalo Júnior. Editora Companhia das Letras, ed. A Guerra dos Gibis - a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-1964coa. 2004. [S.l.: s.n.] ISBN 9788535905823 
  7. a b «A Nova Forma de arte saída dos jornais». www2.senado.leg.br 
  8. «Origens e implicações dos quadros e configurações das páginas dominicais e tiras em quadrinhos a partir do final do século XIX» (PDF). Intercom. 2010 
  9. «Luc Besson vai dirigir filme baseado em HQ francesa». cinema.uol.com.br 
  10. «Jornal O Globo publica tiras de Mauricio de Sousa, Henfil e Ziraldo». UNIVERSO HQ. 22 de janeiro de 2002. Consultado em 18 de dezembro de 2022 
  11. Telio Navega (3 de junho de 2008). «O retorno de um selvagem». Gibizada/O Globo 
  12. «Jornal O Globo reformula sua página de tiras». UNIVERSO HQ. 14 de maio de 2010. Consultado em 18 de dezembro de 2022 
  13. «O jornalismo infantil revistativo da Recreio». Vozes & Diálogo (Univali). 2015 
  14. «Conheça os premiados do 20° troféu HQMIX e anteriores». Portal oficial do Troféu HQ Mix. Julho de 2008 
Ícone de esboço Este artigo sobre banda desenhada é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.