Breve História
Nos primeiros séculos da romanização da Península Ibérica habitavam a região da Guarda povos lusitanos. Entre os quais os Igaeditani, os Lancienses Oppidani e os Transcudani. Estes povos unidos sob uma autêntica federação viriam a resistir à romanização durante dois séculos. Ao contrário dos latinizados estes povos não consumiam vinho, mas antes cerveja de bolota. A sua arma de eleição era a falcata - uma espada curva - que facilmente quebrava os gládios romanos devido à sua superioridade metalúrgica. Os seus deuses pagãos diferiam também dos romanos, podem ainda hoje encontrar-se algumas inscrições religiosas lusitanas em santuários como o Cabeço das Fráguas.
Já o nome de Guarda terá sido uma derivação de um castro sobranceiro ao Rio Mondego, o Castro de Tintinolho, identificada como a Ward visigótica.
Após o período romano seguiram-se períodos de ocupação por parte dos visigodos, mais tarde pelo reino das Astúrias e também pela civilização islâmica. Só após o processo da reconquista é atribuído o foral, reconfirmando definitivamente a importância da cidade e da região.
Uma Cidade em Expansão
As origens da cidade perdem-se no tempo. No entanto todos os povoados que aqui se edificaram tinham o mesmo objetivo: a defesa e vigilância. Foi só a partir da construção da linha férrea que a cidade deixou de estar confinada ao interior das muralhas da cidadela medieval para se expandir grandemente.
Atualmente a cidade parece seguir um eixo de expansão em direção a NE, possuindo já uma apreciável malha urbana, que no seu maior eixo excede já os 9 km de extensão (em linha reta) desde o seu ponto mais a Sul no Bairro do Torrão até ao seu ponto mais a norte na povoação (aglomerada à cidade) de Arrifana.
Apesar de esta expansão, foram-se mantendo alguns interstícios verdes no interior da malha urbana, que por condicionantes à construção - nomeadamente ligadas ao domínio hídrico - não eram urbanizáveis. Criando assim um interessante mosaico entre a paisagem rural e urbana. Esses mesmos espaços viriam a ser aproveitados aquando da iniciativa POLIS para o delineamento de um grande Parque Urbano (21 ha) junto do Rio Diz, equipamento esse que possui uma pista pedonal medicalizada de 2,2 km que tem uma afluência muito assinalável por parte da população nos meses em que o clima o permite. É também no interior deste parque que se situa um parque infantil de dimensões muito interessantes e um semicoberto destinado à concertos e outros tipos de animação sociocultural e desportiva.
É no ano de 1998 que se conclui a primeira fase da VICEG, uma via estruturante que permite o escoamento do trânsito das artérias do centro da cidade.